No Posto
Médico
Os dias que
se seguiram foram quase exclusivamente dedicados à escrita. Aproveitando uma
nova-e tão esperada-onda de inspiração, colei-me á máquina de escrever e
consegui um enorme avanço no meu romance.
Lembro-me
que senti pouca fome durante dias de entrega total ao meu trabalho. Bebida
copos de leite e comia fruta, para não ter de perder tempo na cozinha. As bolachas,
minhas eternas companheiras de escrita,
tinham acabado, facto de que apenas me apercebi cabo de cinco dias, quando
senti vontade de trincar qualquer coisa doce e estaladiço.
Resolvi
então montar na minha bicicleta e ir à aldeia.
Parei em frente
da mercearia e, mal desmontei da bicicleta, avistei o meu amigo misterioso, que
bebia água no chafariz do largo. Acenei-lhe de longe, mas pareceu não ligar.
Depois, vi-o correr em direcção a um
grupo de rapazes que jogavam desenfreadamente a bola, e resolvi entrar na mercearia.
Wilson e Rúben
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