terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Guarda Da Praia


                                                          
                                      A Concha
Tinha acabado de tomar o indispensável café depois do almoço e preparava-me para retomar a escrita. Sentada no terraço, coloquei a folha máquina de escrever e, talvez porque o calor me toldava as ideias e o café ainda não fizera efeito, recostei-me na cadeira de lona e fechei os olhos, inspirando a brisa salgado. De repente, uma sombra arrefeceu-me a cara e, quando abriu os olhos, ali estava de novo o invasor de propriedade alheia, descontraído como sempre.
- Quem é que vais escrever ali? – Perguntou-me, apontado a máquina.
Endireite-me na cadeira, franzi o sobrolho e respondi:
- Uma história, ou melhor, a continuação de uma história que comecei sobre quem? Não tive vontade de contar-lhe, afinal, ainda mal nos conhecíamos.


Wilson e Rúben

Sem comentários: