Este golpe, normalmente conhecido pelos portugueses
como 25 de Abril, foi conduzido
por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA),
composto por oficiais intermédios da hierarquia militar, na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra
Colonial e que foram apoiados por oficiais milicianos, estudantes
recrutados, muitos deles universitários. Este movimento nasceu por volta de 1973, baseado inicialmente
em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas,
acabando por se estender ao regime político em vigor. Sem apoios militares, e
com a adesão em massa da população ao golpe de estado, a resistência do regime
foi praticamente inexistente, registando-se apenas quatro mortos em Lisboa pelas
balas da DGS.
Após o golpe foi criada a Junta de Salvação Nacional, responsável
pela nomeação do Presidente da República, pelo programa do Governo Provisório e
respectiva orgânica. Assim, a 15 de maio de 1974 o General António de Spínola foi nomeado Presidente da
República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos.
Seguiu-se um período de grande agitação social,
política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por
manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos
militares, apenas terminado com o 25 de Novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram
os trabalhos da Assembleia Constituinte
para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de
1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República.
Na sequência destes eventos foi instituído em
Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado "Dia da
Liberdade".
Fonte:
João Miguel
Rúben Lopes
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