A Reconquista
(também referenciada como Conquista
cristã) é a designação historiográfica para o movimento ibérico cristão
com início no século VIII que visava à recuperação dos Ibéricos
cristãos das terras
perdidas para os invasores árabes
durante a invasão muçulmana da península Ibérica. Os muçulmanos
não conseguiram ocupar a região montanhosa das Astúrias,
onde resistiram bravamente muitos refugiados; aí surgiria Pelágio (ou Pelaio) que se pôs à frente
dos refugiados, iniciando imediatamente um movimento para reconquistar o
território perdido, houve retrocessos, como em Portugal que quase terminou sua
Reconquista em 1187, mas o sul foi invadido pelos Almóadas do Norte da Africa
ou no século X devido as constantes Razzias Islâmicas e entre outros, a
desunião ibérica favoreceu bastante os muçulmanos. Os Reinos Ibéricos eram monarquias feudais, era eficiente para combater
incursões muçulmanas e razzias mas dificultava o processo de Reconquista devido
a desunião e as guerras feudais. A ocupação das terras conquistadas fazia-se
com um cerimonial: cum cornu et albende de rege, isto é, com o toque das
trombetas
e o estandarte
desfraldado. A ideia de guerra santa, pela cruz cristã, só veio a
surgir na época das Cruzadas (1096). A reconquista de todo o território peninsular durou cerca de sete
séculos, só ficando concluída em 1492 com a tomada do reino muçulmano de Granada pelos
Reis Católicos. Em Portugal,
a reconquista terminou antes com a conquista definitiva da cidade de Faro
pelas forças de D. Afonso III, em 1249, o extremo sul do
país estava completamente despovoado, a população se encontrava no centro-norte
até Évora
e Setúbal,
o sul foi repovoado na segunda metade do século XIII.
Fonte:
João Miguel
Rúben Lopes
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