Hábitos alimentares
É uma espécie ornitófaga,
isto é, alimenta-se quase exclusivamente de outras aves, que alcança facilmente
no voo. Na maior parte dos casos, a composição da dieta reflete a composição da
avifauna existente na sua área vital. É uma das mais rápidas aves, o seu
mergulho chega a 300 km/h. O choque que a presa leva ao ser atingida em pleno
voo pelas garras do peregrino é tão forte que morre instantaneamente. A sua
presa de eleição é o Pombo-da-Rocha (Columba
livia), que frequentemente constitui mais de 50% da dieta.
Este fato dever-se á não apenas à abundância de pombos, como ao fato destes constituírem uma refeição altamente energética e de dimensões ótimas para a caça e transporte em voo. Caça usualmente sozinho, podendo também haver uma cooperação entre pares.
Requer extensos campos abertos para caçar, incluindo biótopos estepárias, zonas húmidas e arribas costeiras. Caça também nas proximidades de encostas escarpadas e falésias aproveitando a surpresa e o desnível para alcançar as suas presas em voo.
Este fato dever-se á não apenas à abundância de pombos, como ao fato destes constituírem uma refeição altamente energética e de dimensões ótimas para a caça e transporte em voo. Caça usualmente sozinho, podendo também haver uma cooperação entre pares.
Requer extensos campos abertos para caçar, incluindo biótopos estepárias, zonas húmidas e arribas costeiras. Caça também nas proximidades de encostas escarpadas e falésias aproveitando a surpresa e o desnível para alcançar as suas presas em voo.
Como ave que freqüenta ambientes urbanos atrás de presas como os pombos, o
falcão-peregrino às vezes não pode consumir as aves que abate por conta do
tráfego de pessoas e viaturas; em Santos, no litoral paulista,
é comum achar pombos mortos abatidos por falcões-peregrinos migratórios (Falco
peregrinus tundrius) e abandonados na via pública. Note-se também que, no
que diz respeito à escolha de suas presas, o falcão-peregrino é oportunista,
caçando quaisquer aves presentes na sua área de ocorrência: nos manguezais de Cubatão,
por exemplo, caça inclusive exemplares juvenis de guará
(Eudocinus ruber).
Reprodução
A reprodução do falcão é sexuada, isto é, realiza-se
com a intervenção de um macho e de uma fêmea. Esta ave é um animal ovíparo,
porque se desenvolve dentro de um ovo e fora do corpo materno. Neste caso, o
embrião alimenta-se das substâncias nutritivas de reserva que estão no interior
do ovo.
Geralmente, o falcão peregrino põe os seus ovos (103 ovos) num penhasco,
muitas vezes sem ninho e são incubados pelo casal de pais durante um mês.
Durante esse mês, embora os dois progenitores cacem, é normalmente a fêmea que
leva a comida para o ninho e, quando isto não acontece, o macho apenas vai
depositar a captura para que a sua companheira trate da prole.
Comunicação
Os falcões emitem uma notável variabilidade de sons dependendo das
situações, do sexo e da idade. Todos eles são combinações de sons mais ou menos
largos e mais ou menos agudos.
Habitats
Nidifica em arribas marítimas, também em ilhas rochosas ou em precipícios em
zonas montanhosas, e ao longo de vales de rios. Dado a sua adaptabilidade, e em
situações sem perturbação, encontra-se por vezes em estruturas altas e
inacessíveis construídas pelo Homem , como torres, ruínas, antenas e pontes.
Evita zonas com intensa actividade humana, ou florestas densas, pântanos com
vegetação densa, extensas áreas de planície e zonas agrícolas, e áreas cobertas
e extensas de água. No Inverno o Falcão-peregrino está associado a zonas
abertas com abundância de presas. Dormem de noite em sítios abrigados, em
superfícies rochosas, e às vezes recorrem também a árvores.
Antes da postura, o casal dorme junto no penhasco escolhido para nidificar e
durante a incubação o macho dorme noutro lugar.
Inimigos naturais
O falcão-peregrino é muita vezes vítima de outras aves de rapina que roubam
as suas presas, à semelhança dos leopardos, que muitas vezes
vêem a sua refeição assaltada por hienas. Como predador solitário, o falcão não pode
arriscar morrer de inanição por ferimentos obtidos numa luta por uma presa já
abatida.
in
João Matias
Ricardo Duarte
Rodrigo Machado
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