Vieram as marés vivas, ventanias, chuvas, temporais. As
marés altas varriam a praia e subiam até à duna. Certa noite, as
ondas gritara tanto, uivaram tanto, bateram e quebraram-se com tanto força
na praia que, o seu quarto caiado da casa branca, o rapazinho esteve até
altas horas sem dormir. As portadas das janelas batiam. As madeiras do
chão estala-vão omo madeiras de
mastros. Mastros. Parecia que as ondas iam cercar a casa e que o mar ia devorar o mundo. E o rapazinho pensava que, lá
fora, na escuridão da noite, se travava
uma imensa batalha em que o mar, o céu e o vento se combatiam. Mas, por fim, cansado de escutar, adormeceu
embalado pelo temporal.
Sem comentários:
Enviar um comentário