terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A Beluga


A beluga ou baleia-branca (Delphinapterus leucas) é um mamífero cetáceo da família Monodontidae. O seu parente mais próximo no grupo dos cetáceos é o narval. A baleia branca habita as águas frias em torno do círculo polar árctico.
São caçadores oportunistas, e comem uma grande variedade de peixes, lulas, crustáceos e polvos.
A baleia-branca é um animal gregário que mede até 5 metros de comprimento e pesa até 1,5 toneladas. Tem entre 8 a 10 dentes em cada maxilar.
Esse belo exemplar de animal é capaz de conviver com humanos e mesmo assimilar seus hábitos se adoptado ainda filhote.
A beluga foi descrita pela primeira vez pelo zoólogo Peter Simon Pallas em 1776. É considerada um membro da família taxonômica Monodontidae, junto com o narval. O seu ancestral mais antigo conhecido é a hoje extinta Denebola , do final do Mioceno. Um único fóssil dessa espécie foi encontrado na península da Baixa Califórnia, indicando que esta família antes habitava águas mais quentes. O esqueleto indicou também que o tamanho das belugas variava conforme o tamanho da crosta de gelo do planeta— aumentando durante as eras glaciais, e diminuindo nos períodos seguintes.
O Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas considera tanto o nome baleia branca como beluga como nomes desta espécie. Esta baleia também é chamada canário do mar (em inglês, sea canary) por causa de seus assobios e cantos.
Em um estudo realizado por um grupo de cientistas americanos na Fundação Nacional de Mamíferos Marítimos em San Diego, na Califórnia, foi descoberto que as baleias brancas ou belugas são capazes de imitar a voz humana. Tudo começou em 1984, quando o cientista Sam Ridgway e seus colegas notaram sons pouco comuns próximo do tanque de golfinhos e baleias brancas – ambos pertencentes à ordem dos cetáceos –, similares a uma conversa distante entre duas pessoas, mas que não era possível compreender. Dias depois, os pesquisadores ficaram sem reação quando uma mergulhadora emergiu do tanque das baleias e perguntou a seus colegas quem tinha dado a ordem para que ela saísse. Uma análise acústica determinou que os sons vinham de uma fonte surpreendente: uma beluga chamada Noc. As observações sugerem que a baleia teve que modificar sua mecânica vocal para fazer sons parecidos com a fala, atribuindo os esforços do mamífero à necessidade de estabelecer contato com os humanos. Noc tinha vivido com golfinhos e outras baleias brancas e era visto frequentemente com humanos. Os autores do estudo explicam que essa não é a primeira vez que eles acham que as baleias parecem imitar os humanos, mas neste caso decidiram recolher mais provas. Ao gravar os sons de Noc, a equipe descobriu um ritmo similar ao da fala humana e frequências mais baixas que os sons típicos das baleias, muito mais próximos da voz humana. Os sons gerados eram um claro exemplo de aprendizagem vocal por parte da baleia branca. O fenômeno é duplamente surpreendente, porque as baleias brancas fazem sons por meio de seu duto nasal e não da laringe, como as pessoas. Por isso, para produzir sons humanos, Noc teve que variar a pressão em seu trato nasal e realizar outros ajustes musculares, o que não é fácil. Noc passou 30 anos na fundação e morreu há cinco, mas sua voz ainda pode ser ouvida nas gravações feitas pelos cientistas.

 
fonte:
 
João Miguel
Rúben Lopes
 
 
 
 
 

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